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A geléia real dos clubes de Rotary

  • Foto do escritor: Rotary Club do RJ Maracanã
    Rotary Club do RJ Maracanã
  • 31 de out.
  • 3 min de leitura

Crônica para líderes que ainda não sabem que são "abelhas rainhas" em formação.


Abelha pousada sobre a colméia.

Quando uma colmeia perde sua rainha, não é apenas uma abelha que se vai. É o eixo que gira a esperança. É o sopro que mantém viva a engrenagem coletiva de um propósito maior. Durante um tempo, o zumbido da organização silencia, as missões se tornam dispersas, e a própria colônia passa a existir por inércia.


Nos clubes de serviço, e no Rotary não é diferente, também somos, vez ou outra, colmeias sem rainha. Ou melhor, colmeias que perderam o brilho de seus líderes naturais. Aqueles que não comandam com títulos, mas com presença. Que não reinam, mas inspiram. Que não impõem, mas criam espaço para a vida florescer.


No entanto, como as abelhas nos ensinam, a solução nunca vem de fora. Ela está dentro. E começa de forma surpreendentemente simples: olhar ao redor, reconhecer o potencial ainda adormecido, e decidir nutrir.


Nutrição é Mentoria

Em Rotary, é preciso nutrir novos líderes sem despejar regras, planilhas e estatutos sobre seus ombros. É importante oferecer-lhes nossa geleia real: tempo, escuta, empatia, espaços de experimentação e doses generosas de confiança. É primordial permitir que rotarianos e rotaractianos se desenvolvam não por imposição, mas por estímulo.


É perguntar com intenção: Qual causa te emociona de verdade? Como você gostaria de fazer a diferença com seu talento?

Assim, cada projeto ou ação, torna-se uma sala de aula prática. Cada reunião, um laboratório de autonomia. E cada clube, uma incubadora de líderes.


A liderança não nasce pronta. Ela é preparada.

Os líderes que a cada ano rotário farão o Rotary renascer em clubes mais vibrantes, inclusivos e intergeracionais não surgirão com crachás dourados ou discursos prontos. Serão criados pela cultura que escolhemos cultivar, pelas histórias que contamos, pelo espaço que damos para o erro construtivo e para a ousadia sensata.


Para isso, algumas dicas de gestão e desenvolvimento humano podem se transformar em verdadeiros catalisadores:

  • Crie rituais de acolhimento real.

Não basta apresentar o novo associado. É preciso descobrir quem ele é e o que move seu coração.

  • Institua mentorias naturais.

Associe um veterano a um novo membro. Não como tutor formal, mas como amigo de caminhada.

  • Dê projetos, não apenas tarefas.

Deixe que liderem pequenas ações. Que experimentem a arte de mobilizar. E que sintam orgulho ao ver os resultados.

  • Incentive a escuta ativa e reuniões colaborativas.

Um clube que ouve, cresce. Um clube que cala ideias, estagna.

  • Trabalhe com base em causas e não apenas em obrigações.

Clubes que inspiram não cobram presenças, cultivam pertencimento.


O novo líder não será uma cópia da rainha anterior. E isso é excelente!

Talvez ele fale menos, ouça mais. Talvez traga novas formas de mobilizar, mais digitais, mais visuais, mais conectadas com a era atual. E tudo bem. A função de um líder não é repetir o passado. É preparar o futuro.


E o mais bonito da metáfora da colmeia é que a rainha não é genética. Ela é decisão. Ela é transformação ambiental. Ela é o fruto do coletivo que escolheu investir, acreditar e nutrir.


Se queremos clubes vivos, que atraiam novos membros, precisamos parar de esperar por "pessoas prontas". Precisamos formar pessoas possíveis. E isso se faz com exemplos, com afetos, com paciência e com oportunidades reais de protagonismo.


No Rotary, todos tem potencial para ser "abelhas rainha". Basta que alimentemos com o que temos de mais nobre: nosso tempo, nossa fé no outro e nossa visão de um mundo melhor.

No fim das contas, a crise que parecia fim… era apenas convite.

Convite para a renovação. Para o florescimento de uma nova liderança.

E para o renascimento silencioso de toda uma colmeia.


Por Patrícia Leal - Cp. do Rotary de Nova Iguaçu-Leste

 
 
 

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